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Comissão aprova projeto que obriga comunicações a idosos apenas por correio ou presencialmente, sem uso de meios eletrônicos.

Projeto de lei aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa visa proteger idosos de golpes digitais

05/07/2024 – 14:41  

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

O deputado Geraldo Resende especificou planos e seguros de saúde

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou um projeto de lei que tem como objetivo proteger os idosos de possíveis golpes digitais. A proposta estabelece que as instituições de saúde e operadoras de planos de saúde suplementar devem comunicar ou notificar os idosos apenas de forma presencial ou pelos correios, proibindo o uso de meio eletrônicos. Essa medida, caso aprovada, modificará o Estatuto da Pessoa Idosa.

O autor do Projeto de Lei 1506/24, deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), justifica a necessidade da proposta com base em estudos que apontam a vulnerabilidade tecnológica dos idosos, tornando-os alvos fáceis de golpes online.

“A proposta tem como objetivo garantir que as comunicações e notificações aos idosos sejam realizadas em papel, enviadas pelo Correio com Aviso de Recebimento ou entregues presencialmente, visando oferecer total transparência sobre o conteúdo registrado”, afirma o autor.

Segundo a proposta, caso a notificação seja feita pelos correios, o documento deverá ser enviado com aviso de recebimento (AR).

O relator do projeto, deputado Geraldo Resende (PSDB-MS), propôs uma emenda para deixar claro que a medida se aplica também aos comunicados realizados pelas operadoras de planos de saúde suplementar.

“O projeto de lei original não menciona os planos e seguros de saúde, limitando-se às ‘instituições de saúde’, sendo necessária essa emenda”, ressaltou o relator.

Atualmente, o Estatuto da Pessoa Idosa já estabelece critérios mínimos para o atendimento aos idosos por instituições de saúde, incluindo treinamento e capacitação de profissionais, bem como orientação a familiares e grupos de apoio.

Próximos passos
A proposta agora seguirá para análise, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Wilson Silveira

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