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Macron enfrenta desafios na economia francesa
No período de sete anos em que esteve à frente da presidência da França, Emmanuel Macron apostou na redução dos impostos para os ricos e para as empresas como forma de estimular a economia do país. Contudo, seu novo governo está considerando rever essa estratégia.
O recém-nomeado primeiro-ministro, Michel Barnier, está cogitando a possibilidade de aumentar os impostos sobre empresas e indivíduos de alta renda devido à rápida deterioração das finanças francesas. O país enfrenta um crescente déficit orçamentário, o que tem preocupado investidores internacionais e levado a aumentos nos custos de empréstimos para a França.
Macron e a fama de “presidente dos ricos”
Desde sua eleição em 2017, Macron buscou melhorar a reputação da França como um local favorável para negócios. Suas políticas incluíram cortes de impostos para empresas e a redução do imposto sobre a riqueza, o que lhe rendeu o apelido de “presidente dos ricos”.
No entanto, as medidas fiscais adotadas pelo governo de Macron resultaram em uma crescente desigualdade econômica e em significativa perda de receita fiscal para o país. O novo governo, liderado por Barnier, precisa arrecadar 110 bilhões de euros nos próximos anos para reequilibrar as finanças e cumprir os padrões da União Europeia.
O que acontece agora?
Com a previsão de um déficit de 6% do PIB em 2024 e uma dívida que ultrapassa os 3 trilhões de euros, medidas urgentes precisam ser tomadas para conter a crise econômica na França.
Barnier está considerando aumentar o imposto fixo para até 35% e implementar uma taxa temporária sobre “superlucros” obtidos por empresas. A possibilidade de aumentar o imposto sobre a riqueza também está em discussão, embora o governo ainda não tenha confirmado essa medida.
Empresários franceses estão dispostos a contribuir com o esforço de recuperação financeira do país, desde que o governo também reduza os gastos e não penalize os investimentos e o emprego.
Diante do desafio econômico, o novo governo de Barnier está buscando o apoio de investidores e empresários para contornar a crise financeira que assola a França.