Força-tarefa do Detran.RJ interdita ferros-velhos em São Gonçalo e prende proprietário por receptação de motor roubado durante Operação Desmonte.
No dia 25 de setembro, uma operação coordenada pelo Detran.RJ resultou na prisão em flagrante do proprietário de um ferro-velho em São Gonçalo. O comerciante foi detido por receptação de um motor roubado pertencente a um Fiat Punto. Além disso, dois outros comerciantes foram levados à delegacia por crime ambiental, após descartarem óleo de motor diretamente no solo.
Durante a ação da Operação Desmonte, seis ferros-velhos foram interditados por operarem sem registro e sem apresentarem notas fiscais dos materiais comercializados. Dois estabelecimentos foram notificados por descarte irregular de óleo, configurando crime ambiental. Todo o material encontrado, incluindo sucatas e peças de veículos, foi apreendido e enviado para reciclagem em empresas credenciadas pelo Detran.RJ.
As operações irregulares ocorriam no bairro de Santa Luzia, em São Gonçalo, em terrenos invadidos localizados embaixo de torres de transmissão de energia elétrica. Os ferros-velhos comprometiam a circulação de veículos das empresas de energia, que necessitam acessar as torres para manutenção. Além disso, os proprietários utilizavam a base das torres para pendurar peças de automóveis, colocando em risco a segurança.
Denúncias e riscos
De acordo com o diretor geral das Atividades de Desmontagem do Detran.RJ, Luiz Alberto Moreira Coelho, diversas denúncias levaram à ação da força-tarefa. Ele ressaltou que as operações ilegais representavam um grande risco à vida e ao ambiente, evidenciando a necessidade das interdições realizadas.
Resultados da Operação Desmonte
Desde sua criação em agosto de 2023, a Operação Desmonte já interditou 68 ferros-velhos irregulares e apreendeu mais de 900 toneladas de sucata. A fiscalização rigorosa resultou no credenciamento de 27 empresas pelo Detran.RJ, permitindo a comercialização de peças e sucatas automotivas de forma lícita.
Atualmente, dez proprietários de ferros-velhos estão em processo de regularização, aguardando o registro para operar legalmente. Cerca de cem comerciantes devem iniciar o processo de regularização, apresentando a documentação necessária. Desde setembro, os estabelecimentos credenciados são obrigados a utilizar etiquetas que identificam as peças comercializadas, garantindo a legalidade do processo.
