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Presidente Lula defende democracia e critica capitalismo em encontro paralelo à Assembleia Geral da ONU em Nova York

Em um evento paralelo organizado por ele e pelo presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma discussão sobre a importância da democracia e os desafios enfrentados por esse sistema político. O encontro aconteceu na sede da ONU, em Nova York, após Lula discursar na abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Durante o evento, Lula fez uma análise da atual situação democrática, destacando a quebra de confiança no regime democrático causada pelo avanço do capitalismo. Segundo o ex-presidente, a democracia liberal se mostrou insuficiente e frustrou as expectativas de milhões de pessoas, tornando-se apenas um ritual a cada 4 ou 5 anos. Ele ressaltou a importância de resgatar a perceção da democracia como o caminho mais eficaz para a conquista e efetivação de direitos.

O encontro contou com a presença de diversos líderes mundiais, incluindo o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Pedro Sánchez, coanfitrião do evento, abordou a desestabilização causada pelas redes digitais e defendeu a transparência e responsabilidade dos meios de comunicação e das plataformas online.

Lula também falou sobre a importância de regular as redes sociais para combater a propagação de discursos de ódio. Ele defendeu o papel do Estado como planejador do desenvolvimento sustentável e garantidor do bem-estar e equidade. A primeira-ministra de Barbados, Mia Motley, destacou a importância do sistema democrático mesmo com suas imperfeições.

O encontro foi marcado pela preocupação com o avanço do extremismo, que promove o discurso de ódio, a polarização e a violência. Lula e Sánchez enfatizaram a necessidade de unir esforços para defender a democracia e combater o extremismo. Discutiram ações conjuntas entre os países para fortalecer a coesão social e proteger as liberdades individuais.

Neste contexto, é fundamental que os países progressistas adotem uma posição firme em relação ao autoritarismo, independentemente da ideologia. A condenação de práticas antidemocráticas, como as observadas em países como Venezuela, Israel e Rússia, é essencial para garantir a defesa dos princípios democráticos.

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