Presidente Lula critica resultados ineficientes de líderes mundiais na busca por soluções globais durante Assembleia Geral da ONU.
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Segundo o presidente, mesmo diante da crise provocada pela pandemia de covid-19, os países não foram capazes de unir forças para criar um Tratado sobre Pandemias na Organização Mundial da Saúde. Ele destacou a necessidade de fortalecer a ONU para enfrentar as rápidas transformações do cenário internacional.
Lula também chamou a atenção para a crise na governança global, afirmando que a Assembleia Geral precisa passar por transformações estruturais para lidar com os desafios contemporâneos. O presidente destacou a falta de reformas na Carta das Nações Unidas, que nunca passou por uma revisão abrangente desde sua criação, há quase 80 anos.
Além disso, Lula ressaltou a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, que atualmente conta com uma representação limitada de países emergentes. Ele criticou a exclusão da América Latina e da África dos assentos permanentes no Conselho e defendeu uma maior representatividade e eficácia no órgão responsável por tomar decisões importantes sobre conflitos internacionais.
O presidente brasileiro propôs diversas medidas de transformação na estrutura da ONU, incluindo o fortalecimento da Assembleia Geral e a reforma do Conselho de Segurança. Lula enfatizou a importância de uma negociação complexa para implementar essas mudanças, mas ressaltou a responsabilidade dos líderes em buscar uma nova governança global mais justa e eficaz.
O discurso de Lula na ONU reflete os temas prioritários do Brasil no G20, como o combate às desigualdades, às mudanças climáticas e a reforma das instituições de governança global. O presidente também participou de reuniões bilaterais e coordenou um evento em defesa da democracia e contra os extremismos, ao lado do presidente espanhol Pedro Sanchez.
A Assembleia Geral das Nações Unidas reúne os 193 estados-membros da organização e é um espaço para os líderes mundiais discutirem seus pontos de vista e preocupações diante dos desafios globais. Lula, que já abriu o debate geral da Assembleia nove vezes, destacou a importância de ações conjuntas para promover a paz, o desenvolvimento sustentável e a dignidade humana.