Prisão de Maduro e Milei: Argentina emite ordens de prisão contra líderes venezuelanos
No dia 23 de setembro, a Justiça da Argentina emitiu ordens de prisão contra o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente argentino, Javier Milei, em meio a um processo por violações de direitos humanos e confiscamento de uma aeronave venezuelana em Buenos Aires.
A Câmara Federal de Buenos Aires determinou a prisão de Maduro e outros 30 funcionários e colaboradores do regime venezuelano. O pedido foi enviado à Interpol para emissão de alertas vermelhos contra o ditador e seus associados.
De acordo com a decisão, o grupo é acusado de organizar um plano sistemático de sequestro, tortura e violações dos direitos humanos contra cidadãos venezuelanos. A Justiça argentina agiu sob o princípio de jurisdição universal, considerando as provas apresentadas por denunciantes.
Além disso, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra Javier Milei e seus ministros, acusando-os de diversos crimes, incluindo roubo, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A medida foi uma resposta a um pedido feito pelo procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab.
Crise pós-eleitoral na Venezuela
A Venezuela enfrenta uma crise pós-eleitoral desde a reeleição de Maduro para um terceiro mandato consecutivo, em eleições denunciadas pela oposição como fraudulentas. Os protestos que se seguiram aos resultados das eleições deixaram dezenas de mortos, centenas de feridos e milhares de detidos.
A relação entre Venezuela e Argentina se deteriorou ainda mais após a reeleição de Maduro, que não foi reconhecida por Buenos Aires e levou ao fim das relações diplomáticas entre os dois países.
Em meio a esses acontecimentos, o confisco de uma aeronave venezuelana em Buenos Aires em 2022 aumentou as tensões entre os governos, culminando nas ordens de prisão emitidas pela Justiça argentina e venezuelana.
