Unicef alerta sobre impacto das mudanças climáticas nas crianças e adolescentes em novo levantamento às vésperas das eleições municipais

Com base em uma comparação entre as médias dos anos 1970 e a previsão para 2020-2024, a análise revela que a velocidade e a intensidade dos dias extremamente quentes estão aumentando significativamente. Os dados mostram que a média de dias com temperaturas acima de 35ºC passou de 4,9 ao ano na década de 1970 para 26,6 na década de 2020. Além disso, houve um aumento no número de ondas de calor, que são períodos de 3 dias ou mais com temperatura máxima mais de 10% acima da média local.
Crianças e adolescentes são os mais afetados pelos impactos de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, enchentes, secas e fumaças. O estresse térmico causado pelo calor extremo representa uma ameaça à saúde e ao bem-estar desses jovens, podendo contribuir para desnutrição infantil e torná-los mais vulneráveis a doenças como malária e dengue.
Diante desse cenário preocupante, o Unicef faz um apelo aos candidatos e candidatas às prefeituras para que se comprometam a preparar as cidades para lidar com as mudanças climáticas, priorizando as necessidades e vulnerabilidades de meninas e meninos. O órgão destaca a importância de implementar ações para enfrentar as mudanças climáticas e adaptar serviços públicos, infraestrutura e comunidades para resistirem aos seus efeitos, incluindo eventos climáticos extremos.
Portanto, é fundamental que os futuros gestores municipais estejam engajados na proteção das crianças e adolescentes em situação de desastres, incorporando o Protocolo Nacional para Proteção Integral de Crianças e Adolescentes aos planos municipais. O Unicef reforça a importância desse compromisso em sua agenda focada nos direitos das crianças e adolescentes nas eleições de 2024.