Seca intensa e incêndios recordes assolam Pantanal e Amazônia, aponta Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
No estado do Amazonas, por exemplo, houve um total de 6.054 focos de incêndio em setembro, somando 21.289 focos desde o início do ano. Esses números já ultrapassam o recorde anterior, que era de 21.217 focos registrados durante todo o ano de 2022.
No Acre, mais de 3 mil focos de incêndio foram registrados apenas no mês de setembro. O Ministério Público (MP) do Acre entrou com uma ação civil pública pedindo medidas urgentes para combater os incêndios no território. Entre as medidas propostas estão a proibição imediata do uso do fogo na agricultura e a deflagração de uma força-tarefa em cinco dias.
Em Mato Grosso, os brigadistas lutaram contra mais de 50 focos de incêndio em um único dia, sendo que o estado abriga importantes biomas como a Amazônia, Cerrado e Pantanal. A situação crítica se agrava com o fogo atingindo terras indígenas em diversas regiões.
Além das queimadas, a seca intensa também afeta os rios da região. O Rio Paraguai, por exemplo, atingiu o nível mais baixo dos últimos dois anos, com apenas 35 cm de profundidade. A seca atinge também os rios da Amazônia, levando a mínimas históricas de níveis da água.
O Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico Brasileiro (SGB) alerta para a situação crítica dos rios no Amazonas e Pantanal. O Rio Negro e o Rio Solimões em Manaus e Manacapuru estão em níveis preocupantes, indicando uma seca extrema. Em várias regiões, os rios já atingiram o menor nível histórico, mostrando a gravidade da situação.
Portanto, a combinação de incêndios descontrolados e seca extrema coloca em risco não apenas a biodiversidade, mas também a vida dos habitantes e a sustentabilidade dessas regiões tão importantes para o país. Medidas urgentes e eficazes são necessárias para combater esse cenário catastrófico e preservar esses biomas fundamentais para o equilíbrio ambiental.