Gastos com Previdência e BPC se estabilizam em agosto e setembro, melhorando expectativas de déficit fiscal zero em 2024

“Em maio deste ano, estávamos muito preocupados com a evolução dos gastos com Previdência e BPC, porém, essas despesas se estabilizaram no quarto Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Com isso, a equipe está mais tranquila em relação a essa questão”, declarou Haddad após o encontro.
O relatório divulgado na última sexta-feira (20) e detalhado nesta segunda-feira (23) liberou R$ 1,7 bilhão de verbas e demonstrou melhorias principalmente em receitas extraordinárias. Haddad ressaltou que o governo tem mantido os gastos estáveis em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e que as despesas estão dentro da regra do arcabouço, limitadas a 2,5% de crescimento acima da inflação em comparação ao ano anterior.
Além disso, o ministro defendeu que o Brasil seja elevado pelas agências de classificação de risco ao grau de investimento, alegando que a atual nota do país está duas classificações abaixo do ideal. Haddad destacou a posição do Brasil como credor internacional, com superávit comercial e atratividade para investimentos privados estrangeiros.
Quanto à inflação, Haddad prevê uma redução nos próximos anos, acompanhada pela queda dos juros. Ele ressaltou que a inflação em 2022 foi afetada pela redução de impostos sobre combustíveis, maquiando o índice real. No entanto, sem essas intervenções, a inflação não oficial de 2022 teria sido de 8,25%.
Nesta manhã, Lula e Haddad se reuniram separadamente com dirigentes das agências de rating Standard & Poor’s e Moody’s, em Nova York. O presidente brasileiro fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas na terça-feira (24), em mais um passo para fortalecer a posição econômica do Brasil no cenário internacional.