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BNDES lança letra de crédito do desenvolvimento, LCD, para impulsionar investimentos e crescimento econômico no Brasil.

BNDES lança nova letra de crédito e programa de digitalização para indústrias

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está se preparando para lançar em outubro a primeira captação da letra de crédito do desenvolvimento, conhecida como LCD, conforme anunciado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), em evento realizado nesta segunda-feira (23).

A LCD foi sancionada recentemente pelo presidente Lula e será um título de crédito nominativo, transferível e de livre negociação, que promete apresentar vantagens fiscais tanto para pessoas físicas, com isenção do Imposto de Renda, quanto para jurídicas, com redução do tributo de 25% para 15%.

Essa primeira captação através da nova letra de crédito representa um marco importante, já que as instituições financeiras autorizadas podem emitir até R$ 10 bilhões anualmente. A ideia é proporcionar acesso a créditos mais baratos para a indústria, incentivando investimentos e crescimento. Alckmin afirmou que isso é crucial em um país onde o custo de capital é elevado, durante o evento na sede da Fiesp.

No mesmo evento, Alckmin lançou a terceira fase do programa Brasil Mais Produtivo, com foco em aumentar a competitividade de micro, pequenas e médias empresas industriais através da digitalização. O objetivo é que um quarto das empresas industriais do país sejam digitalizadas até 2026, utilizando tecnologias como big data, computação em nuvem, inteligência artificial e robótica.

O programa Brasil Mais Produtivo conta com R$2 bilhões em recursos para impulsionar a transformação digital, sendo que nesta nova etapa serão disponibilizados R$160 milhões para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias 4.0 para MPMEs, em parceria entre a Finep e o BNDES.

Alckmin também destacou a importância de ampliar as exportações para países da América do Sul, enfatizando a necessidade de recuperar o mercado regional. Além disso, garantiu o cumprimento rigoroso do arcabouço fiscal e mencionou a liberação de R$1,7 bilhão antes congelado no Orçamento de 2024, possibilitado pelo crescimento da arrecadação de impostos.

Embora tenha havido um aumento nos gastos obrigatórios, a projeção de receitas melhorou e permitiu o desbloqueio de despesas para cumprir a meta fiscal de déficit zero neste ano, resultando em um saldo positivo para o governo.

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