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Licitação para concessão de serviços lotéricos em São Paulo atrai interessados para leilão na Bolsa de Valores

Licitação para concessão dos serviços de lotéricas em São Paulo atrai consórcios

No último dia 28, a licitação para concessão dos serviços públicos de lotéricas do estado de São Paulo atraiu a atenção de dois consórcios de empresas interessadas. A entrega dos envelopes para o leilão ocorreu na manhã de segunda-feira e o certame será concluído na sexta-feira às 14h, na Bolsa de Valores de São Paulo, B3.

De acordo com fontes próximas do processo, o Consórcio Aposta Vencedora, liderado pela empresa SAV Participações, foi o primeiro proponente. Já o Consórcio SP Loterias, liderado pela IGT Global Services Limited, foi o segundo proponente.

O governo projeta uma arrecadação de R$ 3,4 bilhões ao longo dos 15 anos de concessão. Os recursos obtidos com as apostas serão destinados ao combate à vulnerabilidade social, sendo 100% direcionados para a área da saúde no estado de São Paulo, conforme determina a legislação federal.

Antecedentes e detalhes da licitação

No mês de junho, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, autorizou a abertura da licitação para a concessão, dando andamento aos planos de governos anteriores de criar uma loteria estadual. O Conselho Diretor do Programa de Desestatização aprovou a nota técnica do projeto de concessão no final de maio, conforme antecipado pela imprensa.

A licitação abrange diversas modalidades de apostas, como loteria de prognóstico específico, loteria de prognóstico esportivo, loteria de prognóstico numérico, loteria instantânea e loteria passiva. No entanto, a exploração de modalidades lotéricas não previstas em legislação federal ou que não foram expressamente autorizadas pelo estado não será permitida.

A Companhia Paulista de Parcerias (CPP), ligada à Secretaria de Parcerias em Investimentos, lidera a iniciativa. O diretor-presidente da CPP, Edgard Benozatti Neto, destacou a importância do projeto para o governo paulista, ressaltando as expectativas positivas em relação ao processo de concessão.

Após uma tentativa inicial frustrada em 2021, o governo resolveu questões técnicas levantadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, como aprimoramento do estudo de viabilidade econômica-financeira e ajustes nos critérios de qualificação técnica e publicidade da licitação.

Expectativas e projeções

O mercado de apostas em São Paulo movimenta aproximadamente R$ 9,3 bilhões ao ano, de acordo com dados de 2022. A empresa vencedora da concessão poderá obter cerca de 20% desse montante em um cenário de maturidade da operação, esperado em torno de seis anos após o início das atividades.

A disputa no setor de apostas também inclui concorrentes como a Caixa Econômica Federal, empresas de apostas online e jogos ilegais. O governo acredita que a concessionária poderá absorver esse mercado progressivamente, dada a similaridade com mercados de países como França e Inglaterra.

Pós-leilão e perspectivas futuras

Após o leilão, o governo receberá uma quantia inicial pela outorga fixa de exploração, seguida por uma outorga variável conforme a receita gerada. O objetivo é estabelecer um ambiente sustentável para a concessionária, com políticas estáveis a longo prazo.

A CPP destaca a inovação do modelo adotado em São Paulo, com foco em indicadores de desempenho, agência reguladora para acompanhamento e exigências de certificações internacionais para os processos de identificação e pagamento de ganhadores.

O estado atuará em questões específicas, como o combate à ludopatia, garantindo liberdade para a empresa explorar a atividade com responsabilidade.

Folha Mercado

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