Forças Armadas destroem pista de pouso em Terra Yanomami, marcando início de nova etapa no combate ao garimpo ilegal.
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O objetivo da demolição da pista de pouso é interromper as principais rotas de abastecimento dos garimpeiros, dificultando o acesso às áreas remotas onde ocorrem atividades ilegais. Um total de 44 pistas já foram destruídas entre março e setembro deste ano, todas localizadas próximas à Terra Indígena Yanomami.
O mapeamento dessas rotas clandestinas tem sido realizado por meio de sobrevoos de reconhecimento, imagens de satélite e tecnologia avançada fornecida pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), que identifica as operações de mineração dentro do território. O radar SABER M60, desenvolvido pelo Exército, também foi essencial para identificar a localização da pista de pouso ilegal.
As informações obtidas por meio dessas tecnologias foram enviadas à Casa de Governo, que coordenou a operação em conjunto com as Forças Armadas. A destruição dessas pistas clandestinas é crucial para desarticular a logística dos garimpeiros e desencorajar a abertura de novas áreas dentro e fora da Terra Yanomami.
O assessor da Secretaria-geral da Presidência da República, Nilton Tubino, enfatizou que a destruição das pistas terá um impacto significativo na logística do garimpo, tornando mais difícil para os garimpeiros continuarem suas atividades ilegais na área indígena. O monitoramento contínuo de outras pistas clandestinas e a realização de novas ações fazem parte do plano do governo para retirar os invasores da Terra Yanomami.
Entre março e setembro de 2024, as operações do governo resultaram em prejuízos estimados em R$ 209 milhões para os garimpeiros, com a destruição de várias aeronaves, antenas, pistas de pouso, quadriciclos, motores, toneladas de minerais, geradores, acampamentos clandestinos e óleo diesel utilizados nas atividades ilegais. Essas ações demonstram o compromisso do governo em combater o garimpo ilegal e proteger as terras indígenas da Amazônia.