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Estudo revela que movimentar os olhos ajuda na estabilização da postura de pessoas com Parkinson, aponta revista Biomechanics.

Novas descobertas sobre a relação entre movimento ocular e estabilidade postural

Um estudo recente realizado com portadores de doença de Parkinson revelou resultados surpreendentes. Desviar o olhar de um lado para o outro pode ajudar a estabilizar a postura e prevenir quedas e desequilíbrios, o que foi publicado na renomada revista Biomechanics.

Conduzida com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a pesquisa envolveu pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da Universidade de Lille, na França, e contou com a participação de dez pessoas com Parkinson e 11 indivíduos saudáveis para comparação.

Os participantes foram submetidos a testes que envolviam diferentes posturas estáticas e movimentos oculares, revelando que o movimento dos olhos no sentido horizontal contribui significativamente para a estabilização corporal, tanto em pessoas com Parkinson quanto em indivíduos saudáveis.

Inesperado

O coordenador do estudo, Fabio Barbieri, do Laboratório de Pesquisa em Movimento Humano (Movi-Lab) da Unesp de Bauru, comentou sobre a surpresa dos resultados. Antes do experimento, a expectativa era de que os pacientes com Parkinson não se beneficiariam do movimento ocular durante as posturas.

Segundo Sérgio Tosi Rodrigues, do Laboratório de Informação, Visão e Ação da Unesp, os resultados obtidos abrem novas possibilidades para o entendimento da doença de Parkinson e suas consequências motoras e cognitivas.

Os benefícios do movimento ocular horizontal na estabilização postural tanto em jovens saudáveis quanto em pacientes com Parkinson foram evidenciados, contrastando com os efeitos negativos dos movimentos verticais nos parkinsonianos.

Importância do estudo

Essas descobertas são relevantes não apenas para a compreensão da doença de Parkinson, mas também para o envelhecimento e a preservação da estabilidade postural em diferentes populações. Futuras pesquisas podem se beneficiar desses insights para desenvolver estratégias de tratamento e prevenção de quedas em idosos e pacientes com distúrbios neurológicos.

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