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Potenciais antibióticos das profundezas do mar Ártico podem combater superbactérias resistentes, revela pesquisa da Universidade de Helsinki.

Descobertos Novos Microrganismos no Mar Ártico com Potencial Antibiótico

Em meio à crise de saúde global causada pela resistência de superbactérias aos antibióticos, uma esperança surge no fundo do mar Ártico. Pesquisadores da Universidade de Helsinki, na Finlândia, encontraram duas espécies de bactérias com potencial para combater cepas resistentes da Escherichia coli, durante uma expedição na região.

A descoberta, publicada na revista científica Frontiers in Microbiology, revela a presença de bactérias do gênero Kocuria e Rhodococcus em organismos marinhos coletados nas profundezas do mar Ártico. Essas bactérias mostraram eficácia em inibir a virulência da E. coli, trazendo esperança na luta contra infecções causadas por essa bactéria.

No ano de 2020, a bordo do navio Kronprins Haakon, os cientistas coletaram amostras para análises fenotípicas, em busca de novos microrganismos com potencial antibiótico na região em transformação devido ao aquecimento global. A professora Päivi Tammela, da Universidade de Helsinki, liderou a pesquisa, destacando a importância da investigação de novas fontes de antibióticos, como as bactérias presentes no oceano Ártico.

Após a coleta e análise das amostras, descobriu-se que as bactérias Kocuria e Rhodococcus presentes em animais marinhos como esponjas e briozoários tinham potencial antimicrobiano. Testes em laboratório mostraram que essas bactérias foram capazes de inibir a virulência da E. coli, além de impedir seu crescimento.

Embora promissores, os resultados ainda exigem mais estudos para que esses compostos naturais possam se tornar medicamentos viáveis. A pesquisadora Tammela enfatiza a importância de investigações adicionais antes de considerar essas bactérias como candidatas a novos antibióticos.

A equipe de pesquisa demonstra otimismo em relação ao potencial de descoberta de novos compostos marinhos com atividade biológica, destacando o ambiente marinho como uma fonte pouco explorada de possíveis antibióticos. Ainda assim, desafios como a produção em larga escala desses compostos precisam ser superados antes de avançar para testes clínicos.

Em suma, os microrganismos encontrados no mar Ártico representam uma nova esperança na luta contra as superbactérias resistentes, mas ainda há um longo caminho a percorrer até que essas descobertas se traduzam em tratamentos eficazes para infecções bacterianas.

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