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Governo descongela R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2024 após aprovação da reoneração gradual da folha de pagamento.

O governo conseguiu descongelar R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2024 graças à reoneração gradual da folha de pagamento, de acordo com informações divulgadas pelos ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda. Essa medida fez com que o volume de recursos congelados reduzisse de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões. Esses números foram apresentados no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que orienta a execução do Orçamento e foi enviado ao Congresso Nacional.

O documento também revelou que houve um aumento nas despesas bloqueadas, que subiram para R$ 13,2 bilhões, devido a alguns gastos extras, como as estimativas de despesas com a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada. No entanto, o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões anunciado em julho foi revertido, liberando o total de R$ 1,7 bilhão em gastos adicionais.

O novo arcabouço fiscal do governo estabeleceu regras claras para o bloqueio e contingenciamento de gastos. Enquanto o bloqueio ocorre quando os gastos aumentam mais do que o limite estabelecido, o contingenciamento acontece em casos de falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário.

A reversão do contingenciamento foi possível graças ao aumento da receita líquida, principalmente devido ao aumento nas receitas brutas e à diminuição das transferências para estados e municípios. Isso fez com que o governo reduzisse a estimativa de déficit primário em 2024 para R$ 28,3 bilhões, ficando dentro do limite mínimo da margem de tolerância para o cumprimento da meta.

Além disso, a reoneração gradual da folha de pagamento para 17 setores da economia e pequenos municípios permitirá um reforço nos cofres federais de R$ 18,3 bilhões até o final do ano. Medidas como transferência de depósitos judiciais e arrecadação de outras fontes de receita estão sendo adotadas para garantir o cumprimento das metas fiscais estabelecidas. Essas ações contribuíram para um aumento nas receitas não administradas pela Receita Federal em R$ 30,1 bilhões.

Apesar dos desafios enfrentados, o governo está confiante em sua capacidade de gerenciar a situação financeira do país e cumprir as metas estabelecidas para o ano de 2024. A reoneração gradual da folha de pagamento e outras medidas de contingenciamento estão sendo adotadas para garantir a estabilidade econômica e o equilíbrio fiscal.

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