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Queimadas atingem o Brasil: 10 cidades do Norte e Centro-Oeste concentram 20,5% dos focos de incêndio em 2023, alerta levantamento do Inpe.

Um alerta vermelho se acende nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil devido ao alto índice de queimadas que têm assolado o país desde o início do ano. De acordo com o levantamento do Programa Queimadas, do renomado Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dez cidades dessas regiões são responsáveis por cerca de 20,5% de todos os focos de incêndio registrados.

Situadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, essas cidades acumulam um total de 39.247 pontos de incêndio, em meio aos 190.943 focos contabilizados em todo o território brasileiro, até a última quarta-feira (18).

Entre esses municípios, destaca-se São Félix do Xingu, no Pará, como líder no número de queimadas, com alarmantes 6.474 focos. Em seguida, aparece Altamira, também no Pará, com 5.250 registros de incêndios. Outras cidades que integram essa triste lista são Corumbá (MS), Novo Progresso (PA), Apuí (AM), Lábrea (AM), Itaituba (PA), Porto Velho (RO), Colniza (MT) e Novo Aripuanã (AM).

O cenário de devastação chama a atenção de especialistas, como o membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Beto Mesquita. Ele ressalta a preocupante concentração de incêndios na Amazônia, com exceção da cidade de Corumbá, localizada no Pantanal. Mesquita destaca a correlação entre os municípios mais afetados pelas queimadas e aqueles que lideram o desmatamento na região amazônica, reforçando a urgência de ações efetivas dos governos federal e estaduais para combater esses males.

Como resposta a essa situação preocupante, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), exigiu explicações dos seis estados da Amazônia que concentram 85% dos focos de queimadas em apenas 20 municípios da região. O prazo estabelecido para o envio das justificativas é de 30 dias, em uma tentativa de conter a expansão descontrolada do fogo.

Diante desse cenário alarmante, a sociedade brasileira clama por medidas urgentes e eficazes para preservar nossas florestas e combater as queimadas que continuam a avançar sem controle. A conscientização e a ação imediata são fundamentais para proteger não apenas o meio ambiente, mas também a vida de milhares de pessoas que sofrem com os impactos desses incêndios desastrosos.

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