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TCU afirma que não há barreiras legais para Forças Armadas comprarem armamentos de país em conflito, diz consulta do Ministério da Defesa.

Tribunal de Contas da União Autoriza Compra de Armamentos por Forças Armadas

O Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu, nesta quarta-feira (18), uma declaração afirmando que a legislação brasileira não impõe restrições às Forças Armadas para a compra de armamentos de empresas sediadas em países em situação de conflito armado.

Essa decisão unânime foi uma resposta a uma consulta feita pelo Ministério da Defesa. O contexto é a batalha dentro do governo Lula (PT) sobre a possível aquisição de 36 obuseiros da empresa israelense Elbit Systems, em meio aos conflitos com o Hamas na Faixa de Gaza e com o Hezbollah no Líbano.

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, planeja utilizar a decisão do TCU para superar as resistências e reforçar a legalidade da negociação. No entanto, a decisão final sobre a assinatura do contrato cabe ao presidente Lula, que está analisando questões políticas e diplomáticas antes de definir o desfecho.

O relator da consulta, ministro Antonio Anastasia, destacou que “com base nas normas vigentes aplicadas à aquisição de produtos e sistemas de defesa no Brasil, não há restrição relativa à contratação de fornecedor sediado em país em conflito armado”.

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A consulta feita pelo Ministério da Defesa ao TCU em setembro buscava esclarecer se a legislação brasileira impediria a participação de empresas com vínculos em países em conflito armado em licitações. O objetivo era confirmar a legalidade da ação antes da concretização da compra dos obuseiros.

Os obuseiros são canhões de longo alcance utilizados pela artilharia militar em todo o mundo. A previsão do Exército brasileiro era substituir obuseiros antigos por novos equipamentos de Israel, no entanto, a aquisição tem enfrentado resistências internas.

Apesar da avaliação do TCU, a decisão final ainda cabe ao presidente Lula, que tem considerado questões políticas e diplomáticas para definir a posição do Brasil em relação à compra dos armamentos.

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