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Morre o diretor Paulo Faria, fundador da Cia Pessoal do Faroeste, aos 59 anos, em Belém, deixando legado marcante na cena teatral.

Tragédia no mundo teatral: diretor Paulo Faria falece aos 59 anos

O renomado escritor e diretor Paulo Faria, um dos fundadores da Cia Pessoal do Faroeste, teve sua vida interrompida na madrugada dessa terça-feira (17) na Ilha do Mosqueiro, no Pará. Aos 59 anos, o diretor estava vivendo em Belém desde 2022 depois de uma carreira teatral expressiva em São Paulo.

De acordo com o jornalista Lúcio Flávio Pinto, irmão de Faria, o diretor foi encontrado sem vida em sua residência, onde morava com seus animais de estimação. A causa da morte ainda não foi oficialmente divulgada, mas amigos próximos acreditam que ele pode ter sido vítima de um infarto.

Nascido em Belém, Paulo Faria iniciou sua carreira na cidade para depois se mudar para São Paulo nos anos 90, onde se destacou como autor, diretor e figurinista. Ele cursou letras na USP e teve uma trajetória premiada e reconhecida na cena teatral paulistana.

A Cia Pessoal do Faroeste, fundada em 1998 por Faria, teve como epicentro o sobrado onde funcionava na rua do Triunfo, na Luz, região conhecida como Boca do Lixo. O grupo, sob a liderança do diretor, dedicou-se a representações teatrais que refletiam momentos históricos do Brasil e investigações sobre a região da Luz, antes um polo cinematográfico e hoje afetada pela cracolândia. Além das produções, a companhia realizava ações sociais, como oficinas e distribuição de mantimentos.

Entre os destaques do grupo estão as peças da trilogia “Cine Camaleão”, “Homem Não Entra” e “Luz Negra”, todas contando com a participação da atriz Mel Lisboa. A despedida da artista para o diretor foi marcada por palavras emocionadas, lembrando da importância de Faria em sua carreira e na sua vida.

Após o despejo da sede da companhia em 2020 devido a uma dívida, Paulo Faria retornou a Belém, onde pretendia dar continuidade aos seus projetos e escrever novos livros. Sua morte prematura foi lamentada por amigos, colegas e admiradores de seu trabalho na área teatral e literária.

O diretor deixa um legado de compromisso com a arte, a cultura e as causas sociais, sendo reconhecido por seus prêmios e contribuições ao teatro brasileiro. Seu afastamento de São Paulo e sua volta para Belém representavam uma nova fase em sua vida, interrompida de forma abrupta e inesperada.

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