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Mercado Central de BH fecha acordo de naming rights com casa de apostas KTO
No último dia 7 de setembro, durante a comemoração de seus 95 anos, o Mercado Central de Belo Horizonte anunciou um acordo de “naming rights” com a casa de apostas KTO. Essa parceria de três anos permitirá que a marca da empresa seja exibida ao lado do nome do mercado nas placas da fachada, gerando visibilidade para ambos os lados. O valor do patrocínio não foi divulgado publicamente.
O Mercado Central, uma das principais atrações turísticas da capital mineira, recebe em média 1,3 milhão de visitantes por mês. Fundado em 1964, quando os feirantes assumiram a gestão do local que pertencia à prefeitura, o mercado é uma instituição privada que busca constantemente investir em melhorias de infraestrutura.
O diretor-presidente do mercado, Ricardo Vasconcelos, explicou que o acordo de naming rights é uma forma de obter os recursos necessários para realizar reformas importantes no local. Com investimentos recentes em servidores e banheiros adaptados para pessoas com deficiência, o próximo passo será focar na renovação do telhado do prédio.
A escolha da KTO como parceira foi fruto de um processo criterioso de avaliação por parte da administração do mercado. Apesar das críticas recebidas, a empresa de apostas se comprometeu a respeitar as exigências do contrato e colaborar para a preservação e modernização do Mercado Central de Belo Horizonte nos próximos anos.
Uma ação popular movida pelo advogado Daniel Deslandes questiona o acordo de naming rights, alegando que ele desvaloriza o patrimônio cultural representado pelo Mercado Central. O processo corre na Justiça, mas até o momento não houve decisão sobre a suspensão do acordo.
Tanto o Iphan quanto a Prefeitura de Belo Horizonte se posicionaram sobre o caso, reiterando que o mercado não é um bem tombado em nível federal. Apesar das controvérsias, a parceria com a KTO segue em vigor, com a intenção de fortalecer os laços com a comunidade mineira e contribuir para a manutenção do Mercado Central de Belo Horizonte.
É importante ressaltar que, assim como o Metrô de São Paulo, outras instituições têm critérios específicos para concessão de naming rights, vetando empresas de determinados setores. No caso do Mercado Central, a parceria com a KTO reflete uma estratégia de captação de recursos e fortalecimento da marca, buscando garantir a continuidade do mercado como um ícone cultural e turístico da cidade.