Exposição sobre invasão à Câmara dos Deputados marca primeiro ano do ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília.

A exposição incluirá 30 fotos feitas por servidores da casa e pelo repórter fotográfico Joédson Alves, da Agência Brasil, revelando a destruição interna do prédio e a invasão do Congresso Nacional. Além das imagens, haverá a exposição de objetos restaurados, como os azulejos do painel Ventania, de Athos Bulcão, e oito presentes protocolares recebidos de países estrangeiros, como vasos e esculturas, que estavam expostos em vitrines do Salão Verde no dia da invasão.
O catálogo da exposição explicará o contexto das manifestações e dos ataques, afirmando que o objetivo último dos invasores era a deposição do Presidente, o fechamento do Congresso Nacional e a tomada do poder, contando com suposto apoio militar.
Os objetos danificados e restaurados pela Coordenação de Preservação de Conteúdos Informacionais (Cobec) da Câmara dos Deputados serão apresentados como testemunhas da história recente do Brasil. A ideia por trás disso é mostrar que, assim como os seres vivos, os objetos também carregam os sinais da passagem do tempo e dos traumas.
Dos 46 presentes em exibição naquele 8 de janeiro, quatro sofreram danos extremamente graves, 10 sofreram danos significativos, e dois estavam desaparecidos. Marcelo de Sá, diretor do Museu da Câmara dos Deputados, ressaltou que mesmo restauradas, as peças continuarão a carregar as marcas do que viveram. Para cumprir seu papel de testemunhas da história, as peças manterão visíveis as marcas geradas, como uma forma de evitar o apagamento desse acontecimento da trajetória de cada objeto e da instituição em que estão inseridos.
Portanto, a exposição tem como principal objetivo relembrar e contar a história da invasão à Câmara dos Deputados, usando fotos e objetos danificados como prova visual daquele dia marcante. A intenção é manter viva a memória desse evento traumático e transmitir as lições para as futuras gerações.