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Marçal fica para trás na corrida eleitoral após agressão: pode se beneficiar ao se fazer de vítima e atacar adversário.

Marçal estava preocupado com o crescimento de Nunes sobre ele no campo bolsonarista na última pesquisa Datafolha. Se transformar o ocorrido, pode ganhar terreno que havia perdido para seu adversário direto pela vaga da direita no segundo turno.

Ele, que vem implementando campanhas de ódio contra seus adversários, já está usando o caso para convencer que é, na verdade, o principal alvo de ódio da eleição. Defende que está sendo vítima porque que estaria lutando contra o sistema. Bobagem, claro, mas sempre tem um chinelo velho para um pé cansado e vitimizado.

Entre os comentários nos vídeos que mostram Marçal recebendo oxigênio ao ser transportado ao hospital e de avental no quarto do Sírio-Libanês, são muitos os que lhe dão suporte, torcendo para que esteja bem e atacando um fantasioso “complô comunista”.

Mas há também quem o chama de frouxo por chamar para a briga e não aguentar o tranco e quem o acusou de supervalorizar o ocorrido para copiar o que aconteceu com Jair Bolsonaro e Donald Trump. Lembram que ele saiu com as próprias pernas do Teatro B32 e chegou a entrar no próprio carro antes de resolver ir de ambulância para o hospital.

Suas contas nas redes sociais correram para comparar o ocorrido à facada que o ex-presidente brasileiro recebeu em 6 de setembro de 2018 e com o tiro que o ex-presidente norte-americano levou de raspão em 13 de julho deste ano. Ambos os casos foram em eventos eleitorais.

A cadeirada, contudo, não é facada. Apesar de ter sido agredido, Marçal passou longe de ser ferido como Jair, que quase morreu. Tanto que, antes de deixar o debate, e já tendo recebido a cadeirada, ainda estava bem o suficiente para continuar batendo boca com Datena. Além disso, o ataque serviu para Bolsonaro não precisar ir a sabatinas e debates, onde ele se dava mal. E Pablo precisa ir a debates e sabatinas, que é onde ele consegue gravar seus vídeos para bombar nas redes sociais – uma vez que não têm tempo de rádio e TV.

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