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Delatores da Lava Jato tentam anular acordos e ações, apontando falta de voluntariedade e pressão indevida em processos judiciais.

Delatores da Lava Jato buscam anular acordos de colaboração

Recentemente, delatores da Operação Lava Jato têm buscado na Justiça a anulação de seus acordos de colaboração, alegando falta de voluntariedade e pressão indevida. Esses pedidos têm sido direcionados ao ministro do STF, Dias Toffoli, e também a juízes de outros tribunais.

Além dos delatores, pessoas que foram alvos da operação e tiveram condenações mantidas também aguardam decisões em seu favor. Um exemplo é o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, que foi preso em agosto.

Outros alvos dos desdobramentos da delação da Odebrecht, mesmo fora do Brasil, têm solicitado a anulação de provas para evitar ações no exterior.

Um caso emblemático foi o do ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, que conseguiu a anulação de todos os atos da Lava Jato contra ele. A decisão foi confirmada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, evidenciando a fragilidade dos acordos.

Os advogados de Marcelo Odebrecht argumentaram que a força-tarefa da Lava Jato exercia pressão para que ele colaborasse, ameaçando a suspensão dos acordos caso não concordasse. Essa situação levou o empresário a buscar a anulação dos acordos de leniência e colaboração premiada.

Outro delator, o empresário Adir Assad, também solicitou a suspensão do pagamento da multa prevista em seu acordo, citando dúvidas sobre a voluntariedade no momento da assinatura do acordo.

No caso de Renato Duque, mesmo sem assinar um acordo de delação, ele expressou interesse em colaborar com a Justiça. O ex-diretor foi preso por condenações de corrupção e lavagem de dinheiro, e sua defesa busca a anulação dos atos da Lava Jato contra ele.

Esses casos demonstram a complexidade e os questionamentos em torno dos acordos de colaboração na Operação Lava Jato. O ministro Dias Toffoli tem sido o centro das decisões nesses processos, e a discussão sobre a validade das provas e dos acordos continua.

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