Recentemente, o jornalista Leonardo Sakamoto fez uma análise comparativa entre dois episódios envolvendo políticos brasileiros: a cadeirada sofrida por Pablo Marçal e a facada que colocou em risco a vida do então candidato Jair Bolsonaro, em setembro de 2018. Sakamoto ressaltou que não se pode equiparar os dois acontecimentos devido à gravidade e consequências de cada um.
De acordo com Sakamoto, a cadeirada sofrida por Marçal não pode ser equiparada à facada que atingiu Bolsonaro, colocando sua vida em perigo. Apesar de ter sido agredido, Marçal não correu o risco real de morte como Bolsonaro. Além disso, a facada sofrida pelo ex-presidente teve desdobramentos que o afastaram de debates políticos, enquanto Marçal rapidamente se recuperou para participar de eventos eleitorais. Leonardo Sakamoto ainda ressaltou que a situação de Marçal gerou certa polêmica com relação ao seu comportamento dramático e uso do episódio para ganhos eleitorais.
Outro ponto levantado por Sakamoto foi a questão dos estereótipos masculinos envolvidos nesses incidentes. O jornalista destacou que Marçal poderia ser mal interpretado por seus seguidores como “frouxo”, devido à cultura machista que exige uma postura agressiva dos homens. Por outro lado, Bolsonaro se beneficiou tanto da vitimização quanto da imagem de indivíduo forte e destemido. A análise de Sakamoto incluiu uma possível estratégia do apresentador Datena em usar o incidente de Marçal para recuperar votos perdidos durante o processo eleitoral.
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