– “Arrastar o processo” –
Os meses de sessões preparatórias para a COP29, que será realizada este ano no Azerbaijão, têm sido dolorosamente lentos, mesmo pelos padrões já lentos da diplomacia climática global, dizem os participantes.
Em junho, com as negociações atrasadas, o chefe do clima da ONU, Simon Stiell, criticou as nações por terem feito “um desvio no caminho para Baku”, a capital litorânea onde a conferência de duas semanas começará em 11 de novembro.
Mas, faltando apenas dois meses, ainda não há uma definição acordada de “financiamento climático”, muito menos de quanto deve ser pago, quais países devem receber e como, e quem deve arcar com esses custos.
Doadores ricos, historicamente obrigados a pagar, como os EUA, a União Europeia e o Canadá, não apresentaram um valor e, em vez disso, pressionam para que a China e outras grandes economias emergentes também contribuam.
“Os governos estão segurando e tentando apostar em várias frentes. Muitos deles não têm um motivo forte o suficiente para se mover”, avaliou Tom Evans, consultor de políticas do think tank E3G.
Diante do cenário desanimador, a comunidade internacional está cada vez mais preocupada com a falta de avanços nas negociações para a COP29. O ritmo arrastado das discussões tem levantado questionamentos sobre a capacidade dos líderes mundiais de chegarem a um consenso em tempo hábil.
Ao não conseguirem chegar a um acordo sobre o financiamento climático, os países desenvolvidos e em desenvolvimento parecem estar presos em um impasse que coloca em risco o sucesso da conferência. A pressão sobre as grandes economias emergentes para contribuir financeiramente tem sido um dos principais pontos de tensão nas conversas.
A expectativa era de que as nações participantes da COP29 demonstrassem um comprometimento real com a causa climática, mas a falta de ação concreta tem deixado a desejar. Diante desse cenário, é urgente que os líderes mundiais assumam suas responsabilidades e trabalhem juntos para garantir o sucesso da conferência em novembro.