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Protestos em massa na Tunísia denunciam restrições às liberdades e clima eleitoral antidemocrático, com manifestantes pedindo a saída do presidente Saïed.

Protesto em massa na Tunísia denuncia restrições às liberdades e clima eleitoral não democrático

Na última sexta-feira, milhares de tunisianos saíram às ruas em uma das maiores manifestações do país nos últimos dois anos. O motivo do protesto era denunciar as restrições às liberdades e um ambiente eleitoral considerado não democrático.

Durante a manifestação, os participantes entoaram slogans como “Fora com o ditador Saïed”, demonstrando sua insatisfação com a situação política atual.

As tensões aumentaram ainda mais após a decisão da comissão eleitoral, no início do mês, de rejeitar a determinação do tribunal que permitiria as candidaturas de Abdellaif Mekki, Mondher Znaidi e Imed Daimi nas eleições marcadas para 6 de outubro. A comissão alegou supostas irregularidades nos registros de candidatura desses políticos.

Grandes partidos e organizações da sociedade civil acusaram a comissão eleitoral, composta por membros nomeados pelo presidente Saïed, de agir de forma tendenciosa contra seus opositores, transformando-se em uma ferramenta política nas mãos do líder.

Em resposta às críticas, o chefe da comissão eleitoral, Farouk Bouasker, defendeu a integridade do órgão, afirmando que ele é o único responsável pela lisura do processo eleitoral.

No entanto, o Tribunal declarou que a comissão deve acatar sua decisão e, se necessário, revisar o calendário eleitoral. A medida pode resultar no adiamento das eleições ou na extensão do período de campanha, mas ainda não há uma definição clara sobre o assunto.

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