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Irmãos Batista têm encontros não registrados no Palácio do Planalto antes de reunião com presidente Lula em 2024

Reaproximação dos irmãos Batista com o poder em Brasília

Os controlores do grupo J&F e conselheiros da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, estiveram presentes no Palácio do Planalto em pelo menos cinco ocasiões entre os anos de 2023 e 2024, antes da reunião com o presidente Lula (PT) que ocorreu em maio deste ano.

Em quatro dessas ocasiões, os empresários tiveram encontros que não foram registrados em agendas oficiais. Além disso, ainda não se tem informações sobre o anfitrião de uma outra visita de Joesley, sozinho, na sede do Poder Executivo.

A reaproximação dos Batistas com o centro do poder em Brasília acontece em um momento em que o governo está envolvido em discussões que afetam diretamente as empresas do grupo J&F. Uma das pautas em destaque é a transferência de controle da distribuidora de energia do Amazonas para a Âmbar, empresa ligada aos irmãos Batista.

O governo publicou uma medida provisória em junho que abriu essa possibilidade, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica avalia a questão, tendo em vista que a Âmbar foi a primeira empresa autorizada a importar energia elétrica da Venezuela para reforçar o abastecimento de Roraima.

Os empresários foram peças-chave em um escândalo político que ameaçou o mandato do ex-presidente Michel Temer, em 2017, quando uma conversa gravada por Joesley veio à tona. Agora, com essas novas visitas ao Planalto, surgem questionamentos sobre esses encontros e suas repercussões.

Diante dessas visitas e a falta de registro oficial, a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades nessas reuniões. Os representantes do grupo J&F negaram-se a comentar sobre as visitas ao prédio do governo.

Espera-se que mais detalhes venham à tona nos próximos dias, conforme as investigações avançam e novas informações são reveladas.

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