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Bolsonaro pede anistia para golpistas em manifestação na Avenida Paulista, causando polêmica e questionamentos sobre sua relação com os eventos.

Jair Bolsonaro discursa a favor de anistia para golpistas

No último evento na Avenida Paulista, entre a fuga de Ricardo Nunes e a chegada atrasada de Pablo Marçal, o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso em apoio a uma anistia para os golpistas do dia 8 de janeiro.

Bolsonaro recorreu ao artigo zero das Constituições anteriores a 1988, que sinalizava que, quando a direita desejar dar um golpe, estaria liberada. O jurista Ives Gandra sempre lutou para que esse artigo fosse incluído na atual Constituição.

É compreensível que Bolsonaro defenda os golpistas presos, uma vez que sua liberdade poderia inspirar novos atos golpistas. Afinal, quem estaria disposto a participar de uma nova tentativa de golpe sabendo que os veteranos do golpe anterior estão na prisão?

Por outro lado, a narrativa das “velhinhas do golpe” apresenta um desafio para Bolsonaro. Vale a pena soltar aqueles que estão cumprindo pena em seu lugar? Os defensores da anistia argumentam que os golpistas presos eram inocentes vítimas que foram usadas como massa de manobra, sem compreender totalmente o que estavam envolvidos.

Porém, se os executores do golpe eram apenas peões em um jogo maior, quem era o mandante? Se foram manipulados, quem os manipulou? Essas questões aumentam a responsabilidade de quem estava por trás do planejamento do golpe do dia 8 de janeiro.

Bolsonaro e seus aliados políticos têm a árdua tarefa de convencer os juízes de que não estiveram envolvidos no golpe, se quiserem que a narrativa das “velhinhas do golpe” prevaleça. Caso contrário, esses golpistas presos podem ser vistos como a vanguarda de um movimento mais amplo para desestabilizar as instituições democráticas do país.

Em resumo, o discurso de Bolsonaro a favor da anistia para os golpistas presos levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos envolvidos no golpe de janeiro e reacende o debate sobre a fragilidade da democracia diante de atos golpistas. A sociedade brasileira aguarda por respostas concretas e medidas efetivas para garantir a estabilidade política e institucional do país.

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