Vacinas em falta: mais de 1500 municípios enfrentam escassez de imunizantes, impactando principalmente as crianças, revela pesquisa da CNM.
Segundo o levantamento, realizado entre os dias 2 e 11 de setembro com a participação de 2.415 municípios, 1.563 cidades – o que equivale a aproximadamente 64,7% dos participantes e cerca de 28% do total de municípios do Brasil – relataram estar sem imunizantes há mais de 30 dias.
A vacina contra varicela foi a mais citada como em falta, afetando 1.210 municípios que estão sem o imunizante por mais de 90 dias, em média. Em seguida, a falta de vacina contra a covid-19 para crianças foi relatada por 770 municípios, com uma média de 30 dias sem o imunizante. Já a vacina meningocócica C, que previne infecções graves como a meningite, está indisponível em 546 municípios há aproximadamente 90 dias.
Outras vacinas também foram apontadas em falta em diversos municípios, como a Tetraviral, Hepatite A e DTP. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destacou a importância da compra e distribuição de vacinas pelo governo federal e dos estados, para garantir a imunização em todo o país.
O estado mais afetado pela falta de imunizantes foi Santa Catarina, onde 128 municípios relataram o problema, seguido por Pernambuco e Paraná. Considerando as regiões do país, o Sudeste foi o mais impactado, seguido pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
O Ministério da Saúde afirmou que mantém envios regulares de vacinas aos estados e que não há falta generalizada de imunizantes no Brasil. A pasta destacou a importância de manter a vacinação em dia e afirmou que estratégias estão sendo adotadas em parceria com os conselhos de secretários de saúde.
Segundo o ministério, foram distribuídas milhões de doses das principais vacinas e o cronograma de vacinação segue sendo cumprido. A garantia da oferta de imunizantes para a população é fundamental para a proteção contra doenças graves e a preservação da saúde pública.
