
Tensão entre Rússia e Ocidente se intensifica com expulsão de diplomatas
A tensão entre a Rússia e o Ocidente atingiu um novo patamar nesta sexta-feira (13) com a expulsão de seis diplomatas britânicos de Moscou, sob a acusação de espionagem. O Serviço Federal de Segurança (FSB), principal agência sucessora da KGB soviética, afirmou em nota que as atividades dos diplomatas representam uma ameaça à segurança da Federação Russa.
Apesar de não ter detalhado os supostos crimes, o governo britânico classificou a acusação como politicamente motivada e sem qualquer base sólida. A decisão de expulsão dos diplomatas aconteceu um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, alertar que consideraria uma autorização para Kiev atacar solo russo com armas de longo alcance por parte dos aliados da Ucrânia como uma declaração de guerra.
Enquanto a guerra na região de Donetsk e Kursk continua a se intensificar, com ataques aéreos mirando a rede energética ucraniana e acusações de provocação de ambas as partes, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski tem buscado autorização para o uso de mísseis que possam atingir bases russas dentro do país, contando com o possível apoio dos aliados ocidentais.
Neste contexto de crescente tensão, a possibilidade de uma guerra em larga escala se torna cada vez mais real, com especulações sobre o possível envolvimento de outras potências, como França, Reino Unido e China. O Kremlin, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre os desdobramentos mais recentes.
Além disso, a situação se agrava ainda mais com a realização do maior exercício naval russo desde a Guerra Fria, a presença de navios chineses em manobras no Pacífico e a assinatura de um pacto de defesa mútua entre Rússia e Coreia do Norte. O mundo acompanha com apreensão os próximos passos nessa tensa relação entre Rússia e Ocidente.