Investigações apontam indícios de participação em assassinatos de criminoso

Segundo apurações do Ministério Público, há evidências de que um indivíduo, identificado como Nilson Paulo Alcântara dos Reis, conhecido como Faísca, teve envolvimento no assassinato de um traficante que trocou o PCC por uma facção rival. Faísca, que fazia parte do Terceiro Comando da Capital (TCC), foi morto em dezembro de 2019, e agora as autoridades suspeitam que ele também esteja ligado a outros dois homicídios em 2023.

Os investigadores alegam que o suspeito teria participado de um “tribunal do PCC” que decretou a morte de outro criminoso, Wilton Ramone Fialho, conhecido como Gigante, por suas ligações com policiais civis de Sorocaba (SP). Além disso, Faísca possui registros por diversos crimes, como sequestro, roubo, tráfico de drogas e associação criminosa.

De acordo com informações extraídas de um mandado de busca e apreensão do Ministério Público, Faísca estaria envolvido em ações arrojadas da organização, como ajustes de contas, julgamentos no “tribunal do crime”, resgates de detentos e atentados contra as forças de segurança.

O criminoso também é apontado como autor de planos e execuções de ataques contra agentes públicos, o que evidencia sua importância no grupo criminoso e sua periculosidade.

Além disso, o PCC estaria planejando uma operação para resgatar Marcola, líder da facção, utilizando táticas semelhantes às do “novo cangaço” ou “domínio de cidades”. A estratégia envolve criminosos armados com explosivos e armas de grosso calibre, sendo que esse plano já havia sido revelado em uma reportagem do UOL em 2022 com base em informações da Polícia Federal e do Departamento Penitenciário Nacional.

Por fim, Faísca foi preso juntamente com outro criminoso, Marcelo Adelino de Moura, conhecido como China, em São Paulo, onde foram apreendidos mais de R$ 100 mil em dinheiro, uma metralhadora de origem argentina, um fuzil, munição de calibre .50, coletes balísticos e capacetes à prova de balas.