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Advogada do BBB é indiciada por associação criminosa e falsidade ideológica em esquema de exploração de jogos de azar pela máfia chinesa.

Advogada ligada à máfia chinesa é indiciada por associação criminosa e falsidade ideológica

Na última semana, a advogada e ex-participante do reality show Big Brother Brasil, Adélia Soares, representante da também advogada e influenciadora Deolane Bezerra, foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal. A investigação aponta suspeitas de falsidade ideológica e associação criminosa envolvendo a advogada.

Segundo informações da polícia, o caso não tem relação com a recente operação que resultou na prisão de Deolane Bezerra em Pernambuco. A investigação revelou que Adélia Soares teria se aliado à máfia chinesa para explorar jogos de azar no Brasil, incluindo o famoso “jogo do tigrinho”.

A Folha de São Paulo tentou entrar em contato com Adélia Soares ou sua defesa, mas até o momento não obteve retorno.

As investigações tiveram início a partir de um golpe aplicado contra um morador do Lago Norte, bairro de Brasília. Os agentes policiais descobriram indícios que levaram à Okpayments e à Anspacepay, duas instituições de pagamento supostamente controladas por chineses.

Adélia foi identificada como a administradora da PlayFlow Processadora de Pagamentos, uma empresa criada de forma irregular em São Paulo e com sede nas Ilhas Virgens Inglesas. Segundo o delegado responsável pelo caso, a empresa seria uma fachada ligada à Okpayments, que estaria envolvida na exploração ilegal de cassinos online.

O relatório final do delegado aponta para uma grande operação de exploração ilegal de cassinos online, com uso de empresas de fachada para movimentar o dinheiro obtido de forma ilegal. Os criminosos chineses teriam enviado emissários para operar cassinos ilegais no Brasil, contando com a participação de pessoas como Adélia.

Além das acusações de falsidade ideológica e associação criminosa, a investigação também levantou suspeitas de gestão temerária de instituição de pagamento, atribuição de falsa identidade para operações de câmbio, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Os investigadores buscaram informações junto à Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda sobre as empresas que solicitaram autorização para atuar com apostas conforme legislação vigente. No total, foram identificados 112 pedidos para operar legalmente a partir de 2025.

Apesar da nova regulamentação, os criminosos continuam a entrar no Brasil e criar operações ilegais de exploração de jogos de azar, utilizando esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro, de acordo com as conclusões da investigação.

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