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Tupinambás celebram reencontro com manto sagrado ancestral no Museu Nacional após séculos de separação impostos por colonizadores.

Após séculos de separação, os representantes dos tupinambás finalmente puderam reencontrar uma parte fundamental de sua existência ancestral: o manto sagrado. Durante os últimos três dias, no Museu Nacional, os indígenas celebraram e se reconectaram com esse importante símbolo, em um momento reservado e emocionante.

A líder dos Tupinambá de Olivença, cacica Jamopoty, compartilhou detalhes desse reencontro em uma entrevista exclusiva à Agência Brasil. Segundo ela, o momento de se conectar com o manto sagrado foi muito emocionante e representou uma força ancestral que uniu o povo tupinambá, que por muito tempo foi silenciado e considerado extinto. A presença do manto mostrou que a história e a cultura desse povo jamais foram apagadas, apesar das tentativas colonizadoras.

Desde a chegada do manto ao Brasil, em julho deste ano, os indígenas expressaram críticas em relação à recepção do artefato, desejando participar mais ativamente do processo. No entanto, segundo Jamopoty, as questões do passado foram superadas. Atualmente, os tupinambás estão gratos pela forma como o Museu Nacional tem cuidado do manto sagrado, porém estão em diálogo com as autoridades para garantir um acesso frequente ao artefato e para que as futuras gerações compreendam a importância desse símbolo para o povo tupinambá.

A cacica ressaltou a importância de criar protocolos e garantir que o manto sagrado esteja sempre próximo do povo indígena, transmitindo sua história e significado às gerações futuras. O reencontro do povo tupinambá com seu patrimônio ancestral representa não apenas a reconexão com suas raízes, mas também a valorização e preservação de sua cultura e memória.

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