
Samarco planeja retomar produção de minério em Mariana
A Samarco, mineradora que enfrentou a tragédia de Mariana em 2015, está determinada a voltar à sua capacidade produtiva pré-desastre. A empresa planeja iniciar o próximo ano com 60% da quantidade de minério de ferro que produzia anteriormente, após retomar suas operações na cidade ainda em 2020, onde atualmente opera com 30% da capacidade instalada.
Para atingir essa meta, a Samarco está investindo na expansão do processo de filtragem de rejeitos, adotando tecnologias mais seguras após os acontecimentos de Mariana e Brumadinho. A empresa pretende manter 80% dos rejeitos gerados de forma seca, em contraste com o método anterior que resultava em rejeitos lamosos.
Com o avanço do processo de filtragem, a Samarco se destaca por buscar a segurança de suas operações, evitando possíveis desastres ambientais. A empresa enfrenta desafios, como o monitoramento da umidade das pilhas de rejeitos e a necessidade de licenciamento ambiental para o empilhamento a seco.
O diretor de operações da Samarco, Sérgio Mileipe, destacou a importância do processo de filtragem para a segurança da operação, planejando uma retomada gradual até 2028. A empresa busca garantir a segurança em todas as etapas e aguarda a conclusão da expansão do empilhamento a seco para acionar suas usinas de concentração de minério e pelotização.
A produção da Samarco é essencial para a economia local de Mariana, trazendo expectativas de crescimento e novas oportunidades para a população. Desde a tragédia, o município viu um aumento na demanda por serviços básicos de saúde e um crescimento populacional devido às obras de reparação administradas pela fundação Renova.
Com a retomada gradual das operações e a busca por alternativas no mercado, a Samarco espera reconstruir sua capacidade produtiva e contribuir para o desenvolvimento da região, mantendo um compromisso com a segurança e o meio ambiente.