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Ocupação na Uerj persiste após prazo estipulado pela reitoria, estudantes continuam ocupando prédios em protesto por mudanças nas normas.

Ocupação na Uerj persiste após fim do prazo estipulado pela reitoria

No cenário atual da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), estudantes continuam ocupando os prédios da instituição em um movimento que desafia as determinações da reitoria. Mesmo com o prazo estipulado para desocupação encerrado às 10h desta quinta-feira (12/09), o movimento estudantil se mantém firme nas instalações, em busca de avanços nas negociações de suas reivindicações.

Desde o dia 26 de julho deste ano, os estudantes vêm ocupando a reitoria como forma de protesto contra as alterações nas normas de concessão de bolsas e apoios à assistência estudantil destinados aos alunos de graduação. A ocupação se expandiu para o Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do campus Maracanã da Uerj, o que resultou na suspensão das aulas na universidade.

Tanto a reitoria quanto os estudantes apontam a falta de espaço para diálogo, o que levou a Uerj a publicar novos atos executivos que estabelecem um regime de transição para os critérios de concessão de bolsas de assistência estudantil. Entre as reivindicações dos estudantes está a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024, que restringe o Auxílio Alimentação.

Segundo as novas medidas, o auxílio será concedido apenas aos alunos de cursos em campi sem restaurante universitário, no valor de R$ 300 mensais. A renda familiar per capita máxima para receber auxílios e Bolsa de Apoio à Vulnerabilidade Social passou a ser meio salário mínimo vigente, afetando cerca de 1,2 mil estudantes que não se enquadram nesses critérios.

Diante do impasse nas negociações, a Uerj anunciou na terça-feira (10) o fim dessa fase e a publicação de novos atos executivos. Entre as medidas de transição propostas estão uma bolsa de R$ 500, auxílio-transporte de R$ 300 e tarifa zero no restaurante universitário ou auxílio-alimentação de R$ 300 para campi sem restaurante. A reintegração de posse foi solicitada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com um pedido de liminar para que ocorra sem a presença da Polícia Militar.

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