Voto na França alcança participação recorde em décadas
Neste domingo, o voto na França não era obrigatório, mas a participação eleitoral foi a mais alta em décadas, surpreendendo muitos analistas e políticos.
A eleição foi convocada pelo presidente Emmanuel Macron após a vitória da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu no mês passado. Sua decisão de dissolver a Assembleia Nacional causou surpresa e perplexidade, justificando que os franceses poderiam ter uma postura diferente em um pleito nacional.
De acordo com as primeiras projeções, a coalizão de partidos de esquerda obteve entre 150 e 180 cadeiras, conquistando o primeiro lugar. Enquanto isso, a coalizão de partidos aliados a Macron conquistou entre 150 e 170 cadeiras, ficando em segundo lugar.
Surpreendentemente, a Reunião Nacional, que liderou o primeiro turno, acabou em terceiro lugar no resultado final das eleições.
Após a divulgação dos resultados, políticos franceses e entidades comemoraram o fato de que a votação não garante automaticamente a formação de um governo e a escolha de um primeiro-ministro por parte de Le Pen e Bardella. Bardella, com seus 28 anos, afirmou que só assumirá o cargo se seu movimento alcançar a maioria necessária no Parlamento, o que demandaria 288 assentos dos 577 na Assembleia Nacional.