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Lula critica marco temporal e bancada ruralista em cerimônia de repatriação de manto indígena no Rio de Janeiro.

Presidente Lula se pronuncia sobre críticas de lideranças indígenas

O presidente Lula subiu o tom após receber críticas de lideranças indígenas durante a cerimônia de repatriação do manto tupinambá, realizada nesta quinta-feira (12), no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em seu discurso, Lula destacou a importância do respeito aos direitos dos povos originários e criticou a tese do marco temporal, considerando-a absurda.

Lula enfatizou que vetou a ideia do marco temporal e lamentou a derrubada de seu veto pelo Congresso Nacional, em uma vitória da bancada ruralista. Ele reafirmou seu compromisso com os povos indígenas, citando a inclusão de lideranças indígenas em seu governo e a criação do Ministério dos Povos Indígenas.

Durante o evento, a cacica Jamopoty Tupinambá cobrou a demarcação da terra indígena do povo tupinambá, destacando a necessidade de garantir direitos básicos como saúde, educação e segurança. Outro líder indígena, Yakuy Tupinambá, fez um manifesto criticando a postura colonizadora do Estado brasileiro e as violações dos direitos dos povos indígenas.

O presidente agradeceu ao governo da Dinamarca pela devolução do manto sagrado e exigiu a construção de um espaço para recebê-lo na Bahia, sinalizando a realocação da peça para o estado dos tupinambás. Lula ressaltou que a pauta indigenista de seu governo difere da atual gestão e reiterou sua posição contrária ao marco temporal.

A cerimônia contou com a presença de autoridades como a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a presidente da Funai, Joenia Wapichana. O manto sagrado foi exibido brevemente em um vídeo no telão, com narrativas das lideranças tupinambás e representantes do Museu Nacional.

As críticas das lideranças indígenas evidenciam a insatisfação com a condução da política indigenista pelo governo federal, que enfrentou protestos diante do esvaziamento de pastas relacionadas ao meio ambiente e aos povos indígenas.

O presidente Lula encerrou seu discurso reafirmando seu compromisso com os direitos dos povos indígenas e sua posição contrária ao marco temporal, destacando a importância do diálogo e da participação das comunidades indígenas nas decisões políticas.

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