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Eleição em São Paulo: Polarização antecipada no primeiro turno com líderes surpreendentes e estratégias políticas se intensificando.

Análise da polarização na eleição de São Paulo

Como mencionado anteriormente, o clima de polarização nacional da eleição de São Paulo foi antecipado do segundo para o primeiro turno. Os candidatos Nunes, Boulos e Marçal se destacaram nas primeiras colocações, enquanto o petismo e bolsonarismo ficaram distantes dos demais competidores.

A polarização eleitoral se alia ao voto útil. A ascensão de Pablo Marçal, que dividiu a extrema direita e ameaçou a posição do atual prefeito no segundo turno, levou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a defender o voto útil no campo da direita, visando não apenas as eleições futuras, mas também seu poder político a longo prazo.

Por sua vez, a campanha de Nunes intensificou seus ataques contra Marçal, com a mídia associada ao prefeito questionando o passado do adversário e semearando desconfiança entre os eleitores. Essa estratégia, somada à exposição na mídia, a ação de vereadores nas periferias e o uso da máquina municipal, ajudou Nunes a recuperar intenções de voto.

Observou-se um movimento de eleitores bolsonaristas migrando de Marçal para Nunes, representando uma mudança significativa nas pesquisas de intenção de voto. Marçal agora busca reconquistar esses eleitores por meio de estratégias assertivas durante os debates eleitorais, já que não dispõe do mesmo tempo de exposição na rádio e TV que seu oponente.

No sábado (7), Marçal tentou participar de um ato bolsonarista na avenida Paulista, mas foi barrado pelo pastor Silas Malafaia. Seu oportunismo foi criticado até mesmo pelo próprio Jair Bolsonaro.

Ainda há espaço para o empresário com um discurso motivacional, antipolítico e agressivo conquistar eleitores. Os debates eleitorais serão a prova de fogo para Marçal, que precisa utilizar esses momentos para se destacar e transmitir suas propostas de forma eficaz.

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