
Violência no Equador: diretora de penitenciária é assassinada a tiros
No Equador, a onda de terror que assolou o país no início do ano continua fazendo vítimas. Nos últimos dias, novos episódios de violência chocaram a população. Nesta quinta-feira (12), a diretora de uma penitenciária em Guayaquil, María Daniela Icaza Resabala, foi assassinada a tiros, segundo informações da imprensa local.
A Penitenciária do Litoral, localizada na maior cidade do Equador, foi palco dos piores massacres entre presos no país. A diretora foi morta a sangue frio em um veículo que foi interceptado por criminosos no bairro de Pascuales, norte de Guayaquil. Outra pessoa que a acompanhava ficou ferida no ataque.
Este não foi um caso isolado. Há apenas dez dias, outro diretor de uma prisão, Álex Guevara, foi morto em um ataque armado no Centro de Reabilitação Social Sucumbíos, localizado no norte do país.
Esses assassinatos reavivam a grave crise de segurança que abalou o Equador no início deste ano. Motins, ataques contra a imprensa, explosões de carros-bomba e vinte mortes foram consequências da fuga de um líder de facção criminosa de um presídio. O presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência e conflito armado interno, ordenando às forças militares combater as gangues criminosas.
O Equador, localizado estrategicamente entre Colômbia e Peru, maiores produtores de cocaína do mundo, tem sido alvo de disputas entre facções criminosas. Isso resultou em um aumento significativo da violência, com um recorde de 47 homicídios para cada 100 mil habitantes no ano passado.
O governo de Noboa alega que, graças às medidas de combate ao crime organizado, os homicídios estão em queda. Dados do Ministério do Interior mostram que, de janeiro a setembro deste ano, foram registrados 4.236 assassinatos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 5.112.