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Dinheiro esquecido nos bancos é manobra contábil para cobrir rombo da desoneração da folha de pagamento, segundo fontes governamentais

Manobra Contábil para Cobrir Rombo na Desoneração da Folha de Pagamento

No cenário político atual, uma questão que tem gerado polêmica é a utilização de uma suposta manobra contábil para cobrir o rombo na prorrogação da desoneração da folha de pagamento. Especialistas concordam que se trata de uma estratégia questionável, visto que, de acordo com as regras vigentes, apenas impostos e contribuições devem ser considerados como receitas primárias, enquanto o dinheiro esquecido nos bancos é classificado como receita financeira.

Segundo fontes do governo, a ideia de utilizar o dinheiro esquecido nos bancos para suprir parte do montante necessário para cobrir o rombo da desoneração veio dos senadores, após a rejeição de outras propostas do Ministério da Fazenda. O ministro Fernando Haddad, por sua vez, tem buscado encerrar o programa de desoneração da folha, iniciado no governo de Dilma Rousseff e prorrogado por Michel Temer e Jair Bolsonaro, que nunca atingiu os resultados esperados.

Com o temor de uma possível perda massiva de empregos, os congressistas decidiram prorrogar novamente o benefício, porém, foram questionados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido à falta de indicação da fonte dos recursos. Desde então, o ministro Haddad propôs diversas medidas que foram rejeitadas pelo Congresso, como o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a limitação da compensação cruzada do Pis-Cofins que prejudicava os setores exportadores.

Por: Equipe de Reportagem – Publicado em 25 de outubro de 2021

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