
Na última terça-feira, uma grande fila se formou em Tijuana, México, com imigrantes aguardando para cruzar a fronteira. Entre eles, aqueles que se inscreveram em um posto de entrada legal através de um aplicativo governamental terão a oportunidade de entrar no país.
Entre os imigrantes, destaca-se o caso de León, uma faxineira de 28 anos, que gastou seus últimos 3.000 dólares em uma jornada de um mês desde o Equador. Emocionada, ela expressa o desejo de proporcionar uma vida melhor para sua filha. “Estou completamente sozinha com ela”, desabafa León, enquanto lágrimas escorrem em seu rosto durante uma breve entrevista entre os pilares da cerca fronteiriça.
No local conhecido como “Whiskey 8”, há acessibilidade a trabalhadores humanitários, advogados de imigração e jornalistas que podem se reunir do outro lado. Os pilares que separam os países permitem a comunicação, entrega de alimentos e água, além de recarregar celulares, porém são próximos demais para uma passagem humana.
Questionada sobre os motivos que a levaram a deixar sua cidade natal, Cuenca, León mencionou o clima de criminalidade intenso. “Eles matam, roubam, extorquem”, desabafa a imigrante, destacando a busca por segurança como um dos principais motivos da jornada.