
Profissionais que tinham o X como ferramenta de trabalho buscam alternativas após bloqueio no Brasil
Desde a suspensão da rede social de Elon Musk no Brasil, muitos profissionais que utilizavam o X como ferramenta de trabalho estão enfrentando desafios e buscando novos caminhos. Especialistas apontam que o afrouxamento das políticas de moderação desde a aquisição do bilionário deixou a plataforma menos atrativa para marcas e criadores, com exceção de alguns segmentos como o conteúdo adulto.
Entre os profissionais afetados estão jornalistas, como José Norberto Flesch, que acumulava mais de 500 mil seguidores no X por anunciar datas de shows no Brasil. Após o banimento, Flesch passou a focar em outras plataformas como Instagram, Threads e TikTok, onde já conquistou novos seguidores e interações.
Na área acadêmica, a saída dos brasileiros da banda brasileira do “EconTwitter” tem gerado impacto. Economistas e acadêmicos estão buscando alternativas para continuar participando de debates e compartilhando conhecimento, como a newsletter “Best of Econtwitter” criada por Pedro Fernando Nery.
Para outros profissionais, como Priscila Brito, fundadora do Festivalando, o bloqueio do X causou uma sensação de isolamento, já que usuários estrangeiros continuam na plataforma. A monetização de conteúdo também era um desafio antes do bloqueio, segundo Rafa Lotto da empresa Youpix, que aponta a queda no interesse das marcas em realizar ações de influência na plataforma.
Uma pesquisa recente feita pelo instituto Kantar indica que a confiança dos anunciantes na plataforma despencou em 2023, levando muitos profissionais a buscar alternativas como o Threads da Meta.
Diante desse cenário, a tendência é que marcas e criadores profissionais se concentrem em plataformas mais confiáveis e com maior potencial de monetização, como o Threads. A mudança de estratégia é essencial para se adaptar às transformações do mercado digital.