DestaqueUOL

Ministro da Fazenda anuncia ajuste no Orçamento em função da volta do voto de desempate no Carf, prevendo nova projeção de arrecadação.

Ministro da Fazenda ajustará projeção de arrecadação em relatório bimestral

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (11) que a equipe econômica realizará um ajuste na projeção de arrecadação no próximo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Orçamento. Este ajuste será relacionado à volta do voto de desempate nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

No relatório anterior, divulgado em julho, o governo previa uma entrada de R$ 37,7 bilhões nos cofres públicos, mesmo diante da baixa arrecadação com o Carf. Haddad destacou os desafios enfrentados para retomar as atividades do Carf após três anos parados, ressaltando o esforço da Receita Federal para processar os cálculos a tempo. Esse processo é fundamental para que os contribuintes possam efetuar o pagamento após os julgamentos.

O ministro explicou que o ajuste não foi realizado no relatório anterior porque a Receita Federal considerou que não era necessário. Ele ressaltou que o fechamento do Orçamento é feito pelos técnicos responsáveis pela arrecadação e que ele precisa considerar os cálculos realizados pela área competente.

O terceiro relatório bimestral resultou no congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento, indicando a importância de previsões corretas. A incerteza em relação aos números do Carf levou o Tribunal de Contas da União a alertar para o risco de superestimar receitas no Orçamento.

Haddad se reuniu com o presidente do TCU, Bruno Dantas, para apresentar medidas adotadas visando o cumprimento da meta fiscal de déficit zero. Ele destacou a importância de uma interação mais informal e ágil com o TCU para eventuais ajustes.

O presidente do TCU elogiou a postura da equipe econômica e destacou a busca pelo cumprimento da lei complementar que regula o arcabouço fiscal. Ambos enfatizaram a importância da colaboração entre os órgãos para a reconstrução das finanças públicas do país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo