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Ministro da Fazenda alerta para inflação dos alimentos devido à seca, mas descarta aumento de juros pelo Banco Central

A preocupação com a inflação dos alimentos devido à seca prolongada foi tema de declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (11). Em entrevista, o ministro afirmou que a situação preocupa um pouco, principalmente devido aos efeitos do clima sobre os preços dos alimentos e da energia. No entanto, ele ressaltou que a inflação causada por esse fenômeno não pode ser combatida com o aumento da taxa de juros pelo Banco Central.

Haddad também comentou sobre a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será realizada na semana seguinte, para definir a Taxa Selic. Atualmente em 10,5% ao ano, especula-se que ela poderá ser elevada para conter as pressões inflacionárias resultantes da alta do dólar e do aquecimento do mercado de trabalho nos últimos meses.

O boletim Focus, pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com instituições financeiras, indica que os analistas projetam um aumento de 0,25 na Selic na próxima reunião, com expectativa de encerrar o ano em 11,25% ao ano.

Quanto ao crescimento da economia, o ministro Haddad adiantou que o Ministério da Fazenda está revisando para acima de 3% a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. Segundo ele, a definição final será divulgada em breve, mas ele acredita que o piso de 3% já está garantido e terá um impacto positivo na economia.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior e 3,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, superando as expectativas do mercado.

Diante desse panorama, o Banco Central terá que tomar decisões estratégicas para equilibrar a economia e combater as pressões inflacionárias, ao passo que o governo busca impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável.

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