
Extinção de ação contra Guilherme Boulos pela Justiça
O promotor João Carlos de Camargo Maia, do Ministério Público paulista, expressou sua melancolia diante da constatação de que a ação movida contra Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, foi extinta por manobras jurídicas que permitiram a prescrição do caso.
Segundo Maia, a prescrição ocorreu devido a altos investimentos em escritórios, chicanas jurídicas, e fugas de oficiais de Justiça, o que impediu a continuidade do processo.
Por outro lado, Boulos alega que foi prejudicado pela ineficiência da Justiça, pois foi processado por anos sem conhecimento da situação, sendo notificado apenas em 2019. A defesa do candidato destaca erros cometidos pelo promotor na intimação, que indicou endereços incorretos.
O processo contra Boulos teve início em 2013, após seu envolvimento na desocupação do Pinheirinho, onde foi acusado de dano ao patrimônio público. Ao longo dos anos, diversas tentativas de citação foram realizadas, sem sucesso em localizar o réu.
Somente em 2019 Boulos foi localizado e processado, mas a falta de provas e falhas na localização resultaram na anulação do processo. Após a anulação, a Justiça reconheceu a prescrição do caso e determinou a devolução da fiança paga por Boulos.
Apesar das controvérsias, Boulos ressalta que nunca foi condenado, e defende que se tornou uma figura pública de projeção, sempre disposto a colaborar com a Justiça.
Diante desse desfecho, a decisão do Tribunal de Justiça foi criticada pelo promotor Maia, que expressou sua insatisfação com o desfecho do caso.
Essa extinção da ação contra Guilherme Boulos levanta debates sobre a eficácia do sistema jurídico e a complexidade dos processos legais no Brasil.