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“Quando você tem filhos, nunca imagina que eles vão partir, mas nós sabemos qual é a situação aqui.”
Não é segredo que a crise econômica cubana está motivando um êxodo de seus cidadãos que está quebrando recordes – ultrapassando as migrações em massa da ilha, incluindo a barca Mariel nos anos 1980.
Mas mesmo dentro de Cuba, os demógrafos debatem o alcance do declínio populacional do país, com as estimativas mais recentes chegando a cerca de 10% desde 2020, quase um em cinco residentes apenas nos dois últimos anos.
“Há países em que esse tipo de coisa ocorreu, mas apenas em períodos de guerra”, disse Juan Carlos Albizu-Campos, economista cubano e demógrafo que trabalha para o Centro Cristão de Reflexão e Diálogo no país.
Albizu-Campos, que estuda a demografia cubana pelos últimos 30 anos, ficou surpreso ao descobrir em julho que a sua estimativa populacional da ilha caiu para 8,62 milhões, uma queda de 18% em 2022 e 2023, números descritos como uma “debandada migratória”.
A maior parte dos migrantes cubanos vai para os Estados Unidos.
A crise econômica em Cuba está provocando um fenômeno de grandes proporções: a migração em massa dos seus cidadãos. Os números são alarmantes e já ultrapassam as migrações anteriores, como a ocorrida na época da barca Mariel nos anos 1980. O impacto dessa crise na população cubana é evidente, com estimativas apontando uma queda de cerca de 10% desde 2020, ou seja, quase um em cada cinco residentes deixaram o país nos últimos dois anos.
Segundo Juan Carlos Albizu-Campos, economista e demógrafo cubano, essa situação é incomum e lembra períodos de guerra em outros países. Após 30 anos estudando a demografia de Cuba, ele se surpreendeu ao constatar que a população da ilha diminuiu para 8,62 milhões, representando uma queda de 18% em apenas dois anos, o que ele descreve como uma verdadeira “debandada migratória”.
Vale ressaltar que a maioria dos cubanos que decidem deixar o país escolhem os Estados Unidos como destino. Essa situação levanta questões sobre as causas profundas desse fenômeno e os impactos a longo prazo para a ilha caribenha.
Em meio a esse cenário preocupante, as autoridades cubanas enfrentam o desafio de lidar com a diminuição da população, sobretudo em setores como a economia e a educação. A emigração em massa traz consigo uma série de consequências, que vão desde o envelhecimento da população até a escassez de mão de obra qualificada.
Diante desse quadro, resta saber como Cuba irá enfrentar os desafios demográficos e econômicos decorrentes desse êxodo em massa de seus cidadãos. É uma situação complexa e que requer medidas urgentes para mitigar seus impactos.