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A ascensão e queda de Fujimori: o autoritarismo e a corrupção que marcaram sua presidência no Peru

Marco legal – A trajetória de Alberto Fujimori

Alberto Fujimori, conhecido como “El Chino”, teve uma trajetória política conturbada e cheia de polêmicas. Ele se tornou muito popular por sua luta contra o Sendero Luminoso, grupo guerrilheiro que causou muitas mortes e atentados no Peru. No entanto, em novembro de 2000, em meio a uma crescente oposição após dez anos no poder, Fujimori fugiu para o Japão e renunciou à Presidência por meio de um fax, evitando assim a destituição.

Fujimori detinha um poder quase absoluto após dar um “autogolpe” em 5 de abril de 1992, quando dissolveu o Congresso e interveio no Poder Judiciário, com o apoio das Forças Armadas e de seu assessor de inteligência, Vladimiro Montesinos, que era considerado a eminência parda do regime.

Com quatro condenações judiciais por crimes contra a humanidade e corrupção, sendo a maior delas a 25 anos de prisão, Fujimori passou os últimos anos de sua vida internado em hospitais, devido a problemas de saúde decorrentes de sua idade avançada e do desgaste provocado pelos processos judiciais.

O ex-presidente peruano foi visto como um “herói” por muitos de seus compatriotas, que reconheciam suas ações enérgicas contra grupos terroristas. No entanto, para outros, ele era um “vilão” que manipulou o sistema em benefício próprio. “O governo Fujimori foi o ponto mais baixo de toda a história do Peru”, afirmou o sociólogo Eduardo Toche, durante um dos julgamentos do ex-presidente.

Fujimori governou de forma autoritária, cercado por um pequeno círculo de colaboradores e agindo muitas vezes de forma unilateral. Seu estilo de governo era marcado pela desconfiança, frieza e falta de comunicação com o povo.

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