Licitação para Operação de Barcas nas Lagoas da Zona Oeste do Rio Recebe Proposta de R$ 1.786.902,19 de Consórcio interessado.
A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR) organizou, nesta última quinta-feira (05/07), uma licitação para a infraestrutura de transporte nas lagoas da Zona Oeste do Rio. Atualmente, o objetivo é conceder a operação e implantação de barcas que conectarão diversas áreas através das lagoas da região. Surpreendentemente, apenas um consórcio demonstrou interesse no projeto: o Consórcio Lagunar Marítima.
O consórcio apresentou uma proposta financeira de R$ 1.786.902,19 para o contrato, durante a sessão de licitação. Entretanto, a comissão responsável suspendeu temporariamente a sessão para análise dos documentos exigidos no edital. A prefeitura do Rio deverá divulgar o resultado nos próximos dias através do Diário Oficial.
Entre as lideranças do consórcio está o empresário Carlos Favoretto, conhecido por ser CEO do Golfe Olímpico da Barra, em parceria com a empresa que opera os trens do Corcovado (Esfeco) e a Construverde Construções. Esta não é a primeira tentativa de licitar o serviço, pois uma tentativa anterior ocorreu em março, seguida por ajustes no edital.
Conexões e Investimentos Previstos
Se o Consórcio Lagunar Marítima vencer a licitação, está previsto um investimento total de R$ 100 milhões ao longo de 25 anos de concessão. O sistema de barcaças transportará cerca de 80 mil passageiros diariamente, conectando áreas importantes na região, como Jardim Oceânico, Muzema, Rio das Pedras, Anil e Gardênia Azul pela Lagoa da Tijuca; Bosque Marapendi, Ponte Lucio Costa e Avenida Ayrton Senna pela Lagoa de Marapendi; e Avenida Salvador Allende e Parque Olímpico pela Lagoa de Jacarepaguá.
O edital prevê 29 terminais, sendo 5 de grande porte capazes de acomodar até 1.000 passageiros por hora. O valor da tarifa proposta para os passageiros será equivalente à tarifa dos ônibus municipais, estipulada em R$ 4,30 por passagem.
Projeções
Caso o Consórcio Lagunar Marítima seja declarado vencedor, o investimento inicial estimado será de R$ 101,6 milhões. O projeto não só pretende melhorar a mobilidade na Zona Oeste, mas também oferecer uma alternativa sustentável e eficiente de transporte público, aliviando o trânsito caótico da Barra da Tijuca, especialmente nos horários de pico. Este bairro é considerado por especialistas como um dos piores do Rio em termos de mobilidade urbana.
