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Seca histórica no Rio Madeira atinge níveis alarmantes devido à falta de chuvas na região da Amazônia, preocupando especialistas.

As preocupações em relação aos níveis baixos do Rio Madeira continuam aumentando, à medida que novos recordes de baixa cota são registrados, atingindo o menor nível desde 1967. Com a ausência de previsões para chuvas significativas na Amazônia, a situação se agrava, trazendo à tona memórias do período de estiagem prolongada em 2023.

De acordo com o engenheiro hidrólogo Guilherme Cardoso, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), as projeções meteorológicas não indicam mudanças significativas no cenário de seca nas próximas semanas. Isso levanta preocupações sobre a possibilidade de uma repetição do ano anterior, com agravantes devido à antecipação da vazante do Rio Madeira.

Medidas como a suspensão da navegação noturna e a declaração de escassez hídrica já foram adotadas, mas a população local ainda enfrenta desafios, incluindo o isolamento de comunidades. O plano de manutenção da hidrovia do Rio Madeira prevê dragagens regulares para evitar a interrupção total do transporte aquaviário.

Apesar dos níveis baixos do Rio Madeira, a vazão do rio ainda não foi criticamente impactada, mantendo uma capacidade significativa. No entanto, com a prolongada estiagem, a vazão pode ser afetada, com possíveis consequências para a geração de energia nas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já reduziu a capacidade operacional das usinas de Santo Antônio e Jirau, refletindo a preocupação com a disponibilidade de energia elétrica. O cenário de escassez hídrica e restrição energética se torna cada vez mais real, exigindo medidas urgentes para garantir o abastecimento e a segurança elétrica.

Diante desses desafios, é essencial que medidas de mitigação sejam implementadas com rapidez e eficácia, a fim de evitar impactos ainda mais severos para a população e a economia da região. A colaboração entre diferentes órgãos e a adoção de práticas sustentáveis tornam-se indispensáveis para lidar com a crise hídrica no Rio Madeira e suas consequências.

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