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Violência policial em Paraisópolis: Moradores relatam agressões de policiais em mais um episódio de truculência na comunidade




Violência policial em Paraisópolis

Violência policial em Paraisópolis: Moradores denunciam mais um caso na comunidade

No último domingo (4), moradores de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, relataram à Folha mais um caso de violência policial. Imagens enviadas à reportagem mostram policiais militares agredindo moradores em frente a um estabelecimento comercial.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública ainda não se pronunciou sobre o caso, mesmo após ser procurada pela equipe da Folha.

O 89º Distrito Policial, responsável por Paraisópolis, confirmou que a PM registrou uma ocorrência de “desobediência contra a autoridade policial” na comunidade.

Em vídeos feitos pelos próprios moradores e divulgados nas redes sociais, é possível ver a violência dos policiais contra os moradores. Um homem foi agredido com cassetetes e chutes, enquanto uma mulher foi agredida no chão de uma das vielas da comunidade.

Uma liderança comunitária afirmou que a ação policial ocorreu por volta das 20h e foi considerada desnecessária e truculenta. O caso foi mais um episódio de violência gratuita contra os moradores de Paraisópolis, onde residem mais de 43 mil habitantes.

A favela é conhecida por abrigar um dos maiores bailes funks da capital, o “DZ7”, onde frequentemente ocorrem confrontos entre policiais e moradores. No entanto, segundo relatos, o episódio de violência do último domingo não teve relação com o evento, que está suspenso há algumas semanas devido à atuação da Polícia Militar.

A criação do “Comitê de Crise Paraisópolis Exige Respeito” foi motivada por recentes casos de violência policial na região. Diversas entidades e ativistas se uniram para denunciar as violações de direitos humanos, como invasão de domicílios, abordagens agressivas e toque de recolher contra comerciantes.

A Ouvidoria da Polícia alerta para a possibilidade de uma escalada de violência na comunidade caso as denúncias não sejam investigadas. Casos anteriores, como a morte de um homem em abril e a agressão a um menino de sete anos que perdeu a visão, demonstram a gravidade da situação em Paraisópolis.


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