Mais da metade dos donos de motocicletas no Brasil não possui CNH para a categoria, aponta pesquisa da Senatran, revelando cenário preocupante.

Entre os principais fatores apontados para essa situação estão o custo acessível desses veículos, o aumento do mercado de compartilhamento de motos, a dificuldade de acesso à CNH e a necessidade de transporte individual em regiões com pouca infraestrutura. O estudo também destaca que a maioria dos proprietários de motocicletas é do sexo masculino, com idades entre 40 e 49 anos, sendo que os que possuem habilitação estão na faixa etária de 30 a 39 anos.
A frota de motocicletas no Brasil representa atualmente 28% do total de veículos, com a expectativa de que alcance 30% nos próximos seis anos. O Maranhão é o estado com o maior percentual de motocicletas, seguido pelo Piauí, Pará, Acre e Rondônia. Em números absolutos, São Paulo é o estado com mais motocicletas registradas, seguido por Minas Gerais, Bahia, Ceará e Paraná.
O estudo também aponta um aumento no número de infrações cometidas por motociclistas, especialmente relacionadas ao uso inadequado de equipamentos de segurança, como o capacete. A Organização Mundial da Saúde destaca a importância do uso do capacete para a redução de riscos de lesões graves e morte em acidentes envolvendo motocicletas. Além disso, as motocicletas estão envolvidas em pelo menos 25% dos acidentes e mais de 30% das fatalidades no trânsito.
Diante desses dados, é fundamental a implementação de políticas públicas e estratégias de mobilidade voltadas para a segurança viária, visando um trânsito mais seguro para todos os condutores, especialmente os de motocicletas, motonetas e ciclomotores.